No
Angelus, Francisco destacou a necessidade de invocar o Espírito Santo pois
“temos necessidade de pedir a sua ajuda, a sua fortaleza, a sua inspiração”
Da redação, com Rádio Vaticano
Após
batizar 33 crianças na Capela Sistina, o Papa Francisco dirigiu-se à janela do
apartamento pontifício para rezar o Angelus com os fiéis presentes na Praça São
Pedro, no Vaticano.
Antes
da oração, o Santo Padre refletiu sobre o Batismo de Jesus, Festa que encerra o
Tempo do Natal, afirmando que este evento recorda a dramática súplica do
Profeta Isaías: “Quem dera rasgasses o céu para descer”.
Com
isto, afirmou o Papa, “acabou o tempo dos céus fechados”, que indicam a
separação entre Deus e o homem, consequência do pecado, que afasta o ser humano
de Deus e interrompe a ligação entre o Céu e a terra.
“Os
céus abertos indicam que Deus deu a sua graça para que a terra dê os seus
frutos. Assim a terra tornou-se morada de Deus entre os homens e cada um de nós
tem a possibilidade de encontrar o Filho de Deus, experimentando todo o amor e
a infinita misericórdia. O podemos encontrar nos Sacramentos, especialmente na
Eucaristia. O podemos reconhecer na face dos nossos irmãos, em particular nos
pobres, nos doentes, nos encarcerados, nos refugiados. Estes são as carnes viva
de Cristo sofredor e imagem visível de Deus invisível”.
Com
o Batismo de Jesus – observou o Papa – os céus se rasgam e Deus fala novamente,
fazendo ressoar a sua voz: “Tu és meu filho muito amado, em quem eu ponho toda a
minha afeição. A voz do Pai proclama o mistério que se esconde no homem
batizado pelo precursor”.
A
descida do Espírito Santo, em forma de pomba – continuou o Papa – consente a
Cristo, o Consagrado do Senhor, “ inaugurar a sua missão , que é a nossa salvação”.
Invocar
o Espírito Santo
O
Espírito Santo, “o esquecido”, enfatizou o Papa, deve ser mais invocado, “pois
temos necessidade de pedir a sua ajuda, a sua fortaleza, a sua inspiração”.
O
Espírito Santo que animou a vida e o ministério de Jesus é o mesmo que hoje
guia a existência cristã, que deve portanto, junto com a missão, ser colocada
sob sua ação, para reencontrar “a coragem apostólica necessária para superar
fáceis acomodações mundanas”:
“Um
cristão e uma comunidade ‘surdos’ à voz do Espírito Santo, que impulsiona a
levar o Evangelho aos extremos confins da terra e da sociedade, torna-se um
cristão e uma comunidade de “mudos” que não falam e não evangelizam”.
Tempo
da Misericórdia
Após
a oração do Angelus, o Papa saudou os presentes, destacando a importância de os
fiéis leigos “viverem e levarem a misericórdia nos diversos ambientes sociais.
Em frente, nós estamos vivendo o tempo da miserícórdia, este é o tempo da
misericórdia”.
Ao
concluir, o Papa pediu orações pela viagem ao Sri Lanka e às Filipinas.
Fonte: Canção Nova